GEOMETRIAS DA VOZ

Declarándose poeta mística en la entrevista que concede a Lauren Mendinueta, Adriana Hoyos se deja seducir por el misterio, por lo que se esconde detrás de lo que ve. Combinando la ligereza de su lenguaje con la densidad y el peso de las preguntas existenciales, Adriana Hoyos se entrega a una poesía que roza la filosofía, pero no se deja adueñar de ella. Y, si aquí reconocemos la maestría de una voz poética asombrosa, destaquemos su musicalidad, no sólo en la construcción de los poemas, sino en la estructura misma de la obra, en un aliento que remite a la música, en los diversos movimientos. de este libro, similar a una sinfonía. No es casualidad que el final de su obra sea una partitura musical escrita por su hermano, Leonardo Hoyos. La estructura polifónica de la obra resalta esta vocación mediúmnica, que constituye la poesía más alta. Incorporar las voces de varios poetas, de manera armoniosa, como una de sus características más interesantes, además de los diversos lenguajes, artistas y referentes con los que la autora dialoga, ahondando en los complejos temas que aborda, como la soledad o la muerte. y la vida misma, en sus incesantes metamorfosis. Adriana Hoyos es una poeta cosmopolita originaria de Colombia y que busca unir los dos lados del Atlántico. Leyendo Geometrías de la voz- No es a mí a quien lees, descubrimos una de las poéticas más originales de su generación, cuyo lenguaje claro y depurado no deja indiferente al lector. Lectura, imprescindible.

Assumindo-se como uma poeta mística na entrevista que concede a Lauren Mendinueta, Adriana Hoyos deixa-se seduzir pelo mistério, por aquilo que se oculta por trás do que vê. Conjugando a leveza da sua linguagem com a densidade e o peso das questões existenciais, Adriana Hoyos entrega-se a uma poesia que tangencia a filosofia, mas que não se deixa tomar por ela. E, se aqui reconhecemos a mestria de uma voz poética assombrosa, salientemos a sua musicalidade, não apenas na construção dos poemas, como na própria estrutura da obra, numa respiração que remete para a música, nos diversos andamentos deste livro, à semelhança de uma sinfonia. Não por acaso, o final da sua obra é uma partitura musical da autoria do seu irmão, Leonardo Hoyos.

A estrutura polifónica da obra faz ressaltar essa vocação mediúnica, que constitui a mais alta poesia. Incorporando vozes de vários poetas, de uma forma harmoniosa, como uma das suas características mais interessantes, além das várias línguas, artistas e referências com que a autora dialoga, mergulhando nas questões complexas que tematiza, como a solidão ou a morte e a própria vida nas suas metamorfoses incessantes. Adriana Hoyos é uma poeta cosmopolita, oriunda da Colômbia, procurando unir as duas margens do Atlântico. Lendo Geometrias da voz, Não é a mim que lês, descobrimos uma das poéticas mais originais da sua geração, cuja linguagem límpida e depurada não deixa nenhum leitor indiferente. A ler, imprescindivelmente.